sábado, 3 de janeiro de 2009

A Origem da Doença

Existem duas razões principais para que as pessoas fiquem doentes. A primeira é de ordem interna, por descuido próprio com o seu organismo. A segunda é de ordem externa. É conseqüência de um ambiente confuso onde a pessoa vive, e se torna vítima de um ou mais dos sete sentimentos e ou dos seis desejos. Sobre estes, discutiremos mais adiante.

Segundo a medicina tradicional chinesa, os motivos internos que trazem doenças para as pessoas podem ser a má circulação sangüínea, o mau funcionamento do sistema de renovação celular e o mau funcionamento ou desarmonia dos vários órgãos que compõem o corpo humano.

A central Yang (positiva) encontra-se na cabeça, e é reguladora do bom funcionamento de todos os órgãos. Atua como central de comando da parte superior do corpo. Na parte inferior, o comando pertence aos pés, com outra função também de grande importância para o organismo, porque são os pés que pisam o solo, que por sua vez transmite para o corpo a energia que capta do sol, chuva, sereno, temperatura e dos outros elementos da natureza.

O corpo humano sofre porque está sujeito tanto à pressão atmosférica, quanto à pressão exercida pelo solo. Na verdade ele se encontra no meio de um jogo de forças de cima para baixo e de baixo para cima, que se harmonizam, mas que também podem afetar profundamente o funcionamento dos organismos vivos. Se os seres vivos se alimentarem dos elementos positivos Yang, como por exemplo, a energia solar, seus órgãos funcionarão perfeitamente.

No caso específico do corpo humano, ele se alimentará do potencial energético do sol e todo o seu sistema se harmonizará, a circulação sanguínea fluirá e os órgãos conseqüentemente, trabalharão sem bloqueios, gerando a boa saúde. Se agirmos contra os elementos positivos da natureza, o corpo se ressentirá ficando sujeito às doenças, porque o funcionamento dos órgãos, poderá sofrer alterações.

Os motivos externos que trazem as doenças não fogem ao sete sentimentos que são: alegria, raiva, tristeza, melancolia, felicidade, medo e susto.

Qualquer um destes sentimentos prejudica o bom funcionamento do corpo humano. Considerando a vida em uma sociedade e meio ambiente confusos e caóticos, onde a busca constante da fama, seus benefícios e nome, nos levam a um descuido com o corpo e conseqüente prejuízo à saúde. Os benefícios que as diferentes atividades trazem, coexistem com os prejuízos. Ambos caminham lado a lado, afetando o funcionamento do organismo e podendo provocar doenças.

Se tomarmos, por exemplo, uma pessoa que recebeu uma notícia particularmente boa, ela se sentirá alegre, seu coração baterá mais forte, todo o seu organismo sofrerá alterações que podem vir a causar uma doença.

Não se consegue viver alienado da sociedade e da multidão. Então conseqüentemente, não haverá condição de afastamento dos efeitos que qualquer dos sete sentimentos possam causar e a pessoa ficará exposta e pode vir a ser atingida por alguma doença.

Os seis desejos são: cor (olho), som (ouvido), faro (nariz), paladar (língua), tato (corpo) e método (pensamento). Aqui, não estamos falando dos sentidos do corpo humano, mas sim em usar esses sentidos como meios de identificação. Se gostarmos do que identificamos, imediatamente sentimos o desejo de posse. Quando vemos algo e achamos bonito, sentimos um forte desejo de possuir o que vimos. No caso do pensamento, imaginamos algo bom e então criamos o desejo de possuir o objeto imaginado. Quando desejamos, ficamos mais fracos e propensos a adoecer, quando não abusamos do nosso corpo com exageros tentando obter o objeto do nosso desejo.

As cores, sons, odores, sabores e lugares com os quais os homens entram em contato através dos olhos, ouvidos, nariz, língua, corpo e sentidos, acrescidos do vinho, sexo, riqueza e fama, também são elementos que podem prejudicar a nossa saúde.

Chegamos então a conclusão que a vida inteira de uma pessoa é uma constante luta contra as doenças. Se o objetivo é aliviar o sofrimento das doenças e alcançar a longevidade, deve-se cultivar o caráter e o físico. Não existem outros meios.

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